quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Pintando a sala!

Quem foi que disse que mulher não serve pra pegar no pesado?

Verdade é que nós mulheres não conseguimos mesmo é ficar paradas!

Presas dentro de casa devido ao sol implacável do nordeste, enjoadas da mesmice da televisão, depois de experimentar diversas receitas de livros variados, resolvemos, num ato desesperado, pintar uma parede da sala. A parede onde fica o quadro do peixe.

- Um fundinho ocre-amarelinho ficará muito melhor, você não acha?!

E como criatividade é o nosso lema, resolvemos comprar tinta acrílica branca e corantes para fazer nossa mistura, criar a nossa própria cor ocre-amarelinho. Um basta aos enlatados!

A primeira mistura ficou muito amarela. A segunda muito branca. Na terceira mão acertamos o tom. Ficou lindo!

Olhamos para a outra parede sobressalente... Vamos pintar de verde? Oba! Verde bambu.

Mistura daqui, mistura dali, chegamos na cor desejada. E o bambu não saiu da nossa cabeça. Resolvemos pintar os bambus também. Terminamos.

Olhando em volta, o resto da sala ficou meio pobre, todo branco. Ah esses quadros num fundinho verde iam ficar melhor. E aquela parede ali, tem que ser laranja. Acabamos pintando a sala toda, minha mãe e eu.

Olha só:




domingo, 17 de janeiro de 2010

Ecovila Pau-Brasil - comida vegetariana

A "granja" fica em Pium, perto do Lago Azul. É um terreno de 2 hectares, grandinho até, vários tipos de árvores, um gato, um coelho e um restaurante de comida vega. A maioria dos ingredientes são cultivados lá mesmo. Uma das salas do restaurante, que dispõe as mesas em uma varanda agradabilíssima, é uma biblioteca miúda, com obras interessantes. A música ambiente é tão deliciosa quanto a comida. O almoço de domingo, como me explicou Pedro (proprietário simpatissíssimo), é supresa. Mas de quarta à sábado o menu é fixo: quarta é dia de yakissoba, quinta, de shitake com polenta, sexta não me lembro e sábado, claro, é dia de feijoada (vegetariana!).
O menu do fim de semana oferece uma entrada, o prato principal, sobremesa, café e chá. A vontade! Hoje, nossa primeira vez, comemos um pouco de tudo. O pão era de cenoura, com opção de patê de cenoura também, chutney de manga e vinagrete sem vinagre (interessante). A sopa era de abóbora com alguma coisa, como aveia ou knoa. Rúcula, alface e tomatinho cereja de verdura, salada de grão-de-bico e outra de quiabo. Cuscuz paulista, arroz integral, feijão tropeiro e nhoque de batata-doce. Tudo finamente temperado. Uma delícia. Tomei suco de mangaba com capim-limão. De sobremesa tinha pudim de tamarindo, um doce de manga com castanha de caju e um bolo de grãos e fruntas secas coberto com chocolate ao leite.
Depois de comer e papear com o anfitrião, fomos dar uma volta pelo terreno. Tem banheiro seco, uma piscina de captação de água da chuva, e a intenção de reutilizar toda água da propriedade. Muitas árvores frutíferas, cana-de-açúcar, raízes, verduras, tudo plantado naquele chão de areia. Tem um camping com barracas interessantes, ligadas por túneis. Entrando num lugar com mata nativa, encontram-se as denominadas "salas verdes". São duas. Cadeiras, bancos e uma rede, para quem quiser se deitar e curtir o canto dos pássaros, ver os bichos transitando, ouvir o barulho do vento brincando com as folhas das árvores. Um lugar muito legal para se conhecer.
Para os interessados, acessem o site: http://www.ecovilapaubrasil.com.br/, liguem pra lá, que eles darão todas as coordenadas e responderão possíveis perguntas.
Vale a pena conferir! Eu adorei!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

São Paulo é uma loucura


Cinco anos depois... Chego em São Paulo às seis horas da tarde. Que beleza! Voltar pro lugar onde nasci. Estava na curiosidade de campo, e pouco interessada em encontrar pessoas. É meio estranho, eu sei. Nem eu consigo explicar. Desculpa os amigos que não contactei, e àqueles que contactei e não consegui encontrar.
Em Guarulhos, pegamos o ônibus até a praça da República. 30 reais por pessoa. Do primeiro banco do carro, vimos a silhueta de prédios desenhada no horizonte. Chegando do nordeste em pleno verão, fiquei impressionada com a verdura do lugar. Árvores e arbustos crescem em qualquer parte, até mesmo nas bordas do Tietê. Ô terra boa! E cinza.
Ficamos na casa de uma amiga de infância da minha mãe, a Maru. Ela mora na Liberdade, morram de inveja! Eu morri... Descemos no na parada de mêtro São Joaquim e arrastamos a mala ladeira abaixo até o cruzamento com a rua da Glória. Chegamos esfomiadas, no avião é só bolachinha (6) e suco. Sem almoçar, fomos matar a fome num restaurante chinês. As garçonetes nem falam português. Por mímica e muita força de vontade, conseguimos encomendar um manjar dos deuses.
Andamos pelo centro até chegar no mercado municipal no outro dia. Era nossa ceia de Natal que estava na lista de compras. Fugindo daquela coisa "família", compramos só delícias que o paladar já desacostumara. Funggi, presunto cru, queijos, azeitona temperada, quiche, frutas, Chianti, etc. De tanto andar, comemos e dormimos. No outro dia, a Maru levou a gente para o Ibirapuera. Continua lindo. Andamos e andamos. Muito papo e lembranças da infância. Eu só ouvindo.
Passamos pela praça da Sé: vimos gente correndo pra pegar o mêtro, pulando por cima daqueles que dormem de baixo das árvores; um cheiro de xixi no ar. Ônibus e carros transitam loucamente. A gente cruza a rua. Massa de gente escorrendo pelas ruas cheias de lojas que oferecem tudo que se pode imaginar. O cheiro de comida paira no ar. É churrasco grego (kebab), lanches, japonês, chinês, pastel. Chegando no Municipal, é aquela fartura: produtos importados da melhor qualidade. Preços altos. Do lado de fora, gente pedindo esmola. Junto aos arranha-céus coloridos, temos parques e árvores espetaculares. Muita gente passeando com cachorrinhos enfeitados. A Av. Paulista estava toda enfeitada para o Natal. Com luzes, papais-noéis, árvores enfeitadas e um coral. Foi lindo. Sabe aquele projeto do Bradesco, para crianças carentes? Os filhos dos funcionários também participam. Cantaram músicas natalinas lindas. A calçada estava cheia de gente para escutar. Fiquei impressionada com o tamanho dos prédios de bancos. Estava uma disputa visual pela melhor apresentação de Natal. Nos regalamos. Visitamos o parque Trianon. Fomos atraídas pelas árvores "argentées". Iluminadas em cor de prata. O lugar é a única reserva remanescente de mata atlânitca da região. Fica em frente ao MASP.
O dia começa ao som de Cazuza e Marisa Monte e cigarro. Não que fumemos. A Maru que fuma a essa hora. Fomo ver Avatar. Só que não em 3D. Bem que queríamos, mas a sessão estava lotada. Vimos normal. História previsível, imagens estonteantes. Em 3D deve ser bárbaro.
Quando a Maru voltou a trabalhar, acho que dia 27, ficamos por nossa conta. Fui tirar a segunda via do RG num Poupa Tempo, que devo dizer que na Sé, é um Perde Tempo. Depois de tirar, o papelzinho e pagar a taxa, me dei conta da dimensão de São Paulo. Tinha, apenas, 2 mil pessoas na minha frente! Isso em horas é igual a 4. Pra dar entrada no documento! Joguei pro alto, fui tentar tirar na Luz. Lotado também, porque já era tarde. Fui curar a derrota na ladeira Porto Geral. Fomos à forra. Prefiro não entrar em detalhes. Só posso dizer que voltamos eufóricas e, um tanto quanto culpadas, para casa.
Finalemente fui para o Museu da Língua Portuguesa! Já infernizei tantas pessoas para saber desse museu, e finalmente pude ver com meus próprios olhos... e ouvidos. Adorei! Não deu pra ver tudo nos mínimos detalher como gostaria, mas deu pra ver no geral e posso dizer que vale muito a pena conhecer para quem se interessa pela língua e literatura brasileira. E não precisa ser expert: é básico e muito bem apresentado. A exposição temporária era da Cora Coralina. Tinha um corredor de telões falando da cultura brasileira, da presença e importância da palavra nela. Gostei muito!
Depois do Museu, na Luz, andamos até a Praça da República. Demos uma volta na praça atrás do Galettos. Achamos O Gato que Ri. Subimos ladeira até a Sé e tornamos à Liberdade exaustas. Capotamos antes da Maru chegar.
No dia seguinte, fui direto pro Poupa Tempo da Luz, dei entrada no RG em 30 minutos e achei rápido. Fiquei feliz. Pra onde fomos? Não lembro.
No dia 31 saímos pra comprar as últimas coisas, comida para o réveillon e uma caixa de bonbons pra Maru. Ficamos morgando de tarde. Assistimos o filme "Se beber, não case". Gostei. A Maru convidou uns amigos, fez tender e depois de comer e beber a especialidade da casa: caipirosca de abacaxi, fomos para a Av. Paulista, nos misturar com outros 2 milhões e quinhentas mil pessoas. Ficamos nos telões. Primeiro teve Maria Rita. E Chuva. Dupla sertaneja que não conheço e chuva. Demos a volta na fronteira de ferro. A chuva parou. Contagem regressiva, FELIZ ANO NOVO!!! e a chuva foi voltando lentamente até se tornar forte. Martinho da Vila entrou no palco. Ótima escolha para começar o ano. Dançamos duas música; a chuva estava impiedosa. Na terceira, viramos de costas, em direção à casa. Caminhamos um bocado. Senti frio! Em casa, todos sentamos em volta da mesa, copo de vinho na mão, tender no joelho, muitas risadas e um VIVA para o ano que entra! Um ótimo ano à todos! Bateria recarregada...