segunda-feira, 12 de março de 2012

Querer a morte

Eu gosto tanto da vida, que quando escuto alguém dizer que quer morrer, começo a chorar descontroladamente. O pior é que hoje duas pessoas bem íntimas me disseram isso: Quero morrer! Que droga. Fico chateada, e depois de chorar lágrimas pequenas, parei pra pensar, pô, se essas pessoas querem morrer, que morram! Depois, horrizada com meu pensamento radical, tentei entender: são pessoas talvez com pouca maleabilidade, sem senso de adaptação, acredito que ambas devido a idade e educação. Eu já pensei em morrer, mas foi em tempos remotos, com o coração partido, era mais um final dramático de um romance de férias. Mas morrer para fugir da vida, dos problemas, das dificuldades não; não é isso que faz a vida mais rica, bonita e aguça nossa criatividade?
Pois bem, depois de aqui começar a colocar meus pensamentos, fiquei mais tranquila. Cada um que cuide de seus dragões. Eu faço o que posso pra ajudar, mas não me venham acanalhar o dia, que já começou meio nublado, mas que depois do balde de água fria, aí que eu tive mais vontade de viver, de acontecer, de lutar. Beijo e boa semana!

sábado, 3 de março de 2012

Bomba?!

Para uma amiga

Tempo de partida.
Pra longe, por amor.
Deixo tudo, menos meus livros, meus vestidos e minha dor.
De coração partido, parto, mas alegro-me em saber que lá me espera o amor.
Tenho medo.
Mas a coragem é maior e a vontade de estar com ele é imensa, intensa.
Ele me espera. Me quer perto dele, para sempre.
Para sempre...
Sempre é vago, nublado, escuro.
Quebrei um candelabro de vidro agora pouco.
Foi nervoso, que novidade maluca.
Bombástica, me disse.
Realmente.
Meus pés estão no chão, mais firmes do que nunca.
Não sei o que faria se tivesse que deixar meus bichos para trás.
Quero assumi-los até o fim. E os filhos?
Kalil Gibran diz que os filhos criamos para o mundo.
Entenderão eles minhas razões? Minha paixão? Meu fundo?
Julgamentos não faltaram nem faltarão.
Mas eu preciso ouví-los, saber o que os outros pensam, busco apoio, mas só recebo nãos!
E isso me dá força: quanto mais nãos eu ouvir, mais forte vou ficar.
Quero casar de verdade, de papel passado, com homem ajoelhado fazendo pedido romântico.
Poemas, palavras, gozo animal. Isso eu não posso aqui e tenha lá.
Vou embora. Adeus vida antiga. Mas eu volto, daqui um ano, com um pai pra minha filha.