sábado, 3 de março de 2012

Bomba?!

Para uma amiga

Tempo de partida.
Pra longe, por amor.
Deixo tudo, menos meus livros, meus vestidos e minha dor.
De coração partido, parto, mas alegro-me em saber que lá me espera o amor.
Tenho medo.
Mas a coragem é maior e a vontade de estar com ele é imensa, intensa.
Ele me espera. Me quer perto dele, para sempre.
Para sempre...
Sempre é vago, nublado, escuro.
Quebrei um candelabro de vidro agora pouco.
Foi nervoso, que novidade maluca.
Bombástica, me disse.
Realmente.
Meus pés estão no chão, mais firmes do que nunca.
Não sei o que faria se tivesse que deixar meus bichos para trás.
Quero assumi-los até o fim. E os filhos?
Kalil Gibran diz que os filhos criamos para o mundo.
Entenderão eles minhas razões? Minha paixão? Meu fundo?
Julgamentos não faltaram nem faltarão.
Mas eu preciso ouví-los, saber o que os outros pensam, busco apoio, mas só recebo nãos!
E isso me dá força: quanto mais nãos eu ouvir, mais forte vou ficar.
Quero casar de verdade, de papel passado, com homem ajoelhado fazendo pedido romântico.
Poemas, palavras, gozo animal. Isso eu não posso aqui e tenha lá.
Vou embora. Adeus vida antiga. Mas eu volto, daqui um ano, com um pai pra minha filha.

Nenhum comentário: