domingo, 15 de julho de 2012

"A vida e amor ao lado do pior cão do mundo"

Ontem assisti o filme Marley e Eu, baseado no livro de mesmo nome. Logo de cara já sabia que seria um filme água com açúcar, sobre família e o amor aos animais domésticos. A história começa com um labrador cor champanhe correndo e logo atrás seu dono, desesperado. A narrativa volta 4 anos, quando ele, John Grogan se casou com Jenny, numa cidade fria dos Estados Unidos. Logo se mudam para a Flórida, em busca de calor e trabalho, ambos são jornalistas. Logo se adaptam àquela nova rotina e a esposa quer um filho. Ele, inseguro, resolve lhe dar um animalzinho de estimação, antes dessa empreitada mais difícil. Eles compram Marley em uma fazenda de adoção de bichos abandonados e ele, por ser elétrico, estava em promoção.
O desenrolar da história mostra a formação convencional de uma família. Desde o primeiro bichinho, o primeiro filho, o segundo, os sonhos deixados de lado pelos pais, por causa da nova situação, e Marley sempre presente, comendo tudo que podia. A muher deixa seu emprego bem sucedido em um grande jornal, para se tornar dona de casa e cuidar dos filhos. Não queria ser aquelas mães que só vêem os filhos 1h por noite. O marido, recebe aumento e se torna colunista de um jornal menor, e a vida segue naturalmente. Brigas, depressão pós-parto, reconsiliação, sacrifícios, mais uma filha. Se mudam pra outra cidade, onde ele conseguiu um emprego de repórter. Apesar disso sempre ter sido seu sonho, sente falta de suas colunas diárias, nas quais ele fala de sua vida, impressões e Marley.
A história conta a vida do cachorro. Desde pequeno, quando é adotado, até a morte. E posso dizer que nos últimos 15 minutos do filme, as lágrimas rolaram soltas. Quando o cachorro vai ficando fraco, as pernas endurecidas, paradão. Lembrei do Conan. Foi mais ou menos a mesma história...
Meus pais adotaram ele quando eu ainda era bebê. Cresci com ele, a Chiquita, depois veio a Iris e a Lola. Mas o Conan, sei lá, ele foi o queridão do meu pai. Foi treinado, sentava, dava a pata, fingia de morto e protegia a casa e a família e era muito carinhoso. Viveu uns 13 anos. Velhinho, as patas traseiras já não obedeciam mais e seu olhar sempre alegre, foi ficando triste e vazio. Como no filme, tivemos que sacrficá-lo. Foi triste. E chorei. Mas não chorei só, o cinema todo estava aos prantos, certas pessoas até soluçavam. Depois da sessão, estávamos todos de olhos inchados, e uma menina me disse: "esse filme não dá pra ver no cinema! Olha só o nosso estado...". Foi interessante e me lembrou a história da minha família, nos distantes anos de São Paulo. Senti saudade.

Nenhum comentário: