domingo, 28 de junho de 2009

Domingo

Adoro o domingo! Me estranha as pessoas não gostarem desse dia.Pelo menos eu o vejo como o dia de se sentir livre.Livre para fazer o que bem entender.Se bem que hoje, nem todo brasileiro é tão livre assim.Não há improviso, pois é a final da Copa das Confederações, lá na Africa do Sul.Qualquer sujeito o pouquinho inclinado que seja para o futebol, está a essa hora, por volta das quatro da tarde, sentado na frente de alguma televisão, escutando o rádio, ou na internet, ligado nos passes e chutes da nossa seleção, que joga contra os States. Eles já sabem o que fazer, se programam, este é o domingo deles. O dia gira em torno da expectativa, euforia, sufoco, alegria ou derrota. Todos esses sentimentos estarão presentes no antes, durante e depois dos 90 minutos de jogo.Mas quem não liga pra futebol, escolhe outras coisas.Domingo é o dia da preguiça ou da atitude.Posso ficar vendo filme estirada no sofá incomunicável; posso arrumar o guardaroupa caótico de meses sem ser organizado; e posso também fazer um prato especial à la maison.Mas posso escoher o oposto: sair por aí em busca de aventura.Ou então ficar entre amigos. O legal é que dá pra escolher!

Outra coisa boa é como a cidade se acalma.Conseguimos quase ouvir o ruído do vento.Aquele tormento da semana silencia e dá lugar ao canto perdido de um passáro, um alarme de carro distante, o som espaçado de carros que passam na rua, uma cadeira puxada no andar de cima. E só.Parece que até nós nos acalmamos. Domingo é:Um dia sem obrigações, há menos que se tenha filho pequeno.Um dia sem trabalho, há menos que trabalhe no comércio.Um dia sem estudo, a menos que esteja fazendo prova de concurso.Pode se dizer que domingo é um dia de irresponsabilidade, no bom sentido,um dia livre pra se fazer o que bem quiser.Bancos, prefeitura, universidades, secretarias, consultórios médicos, enfim, tudo que está relacionado à serviços fecha e ajuda a cidade a reduzir a marcha do ir e vir. Mesmo que tenhamos algo para resolver, uma conta em atraso, um processo em andamento, uma dor no joelho, a apresentação de um trabalho, nada disso pode ser feito no domingo! Você se dá ao luxo de não pensar no assunto até segunda-feira pela manhã. É um dia livre de preocupações rotineiras. Assuntos burocraticos são colocados de escanteio até que a semana comece. E pronto.
Domingo é uma delícia! Por isso eu gosto.Vou dar uma volta. Até mais!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Bye-Bye diploma!

Jornalistas do país inteiro,
agarrem logo seus empregos!
Nosso querido dinheiro,
nos tira todo o sossego.
Sempre mais e mais:
poder, glória, dominação.
E vai ficar nos anais
da história, a nossa indignação.
Tiraram a obrigação do diploma?
Só pode ser broma!
Mas não é não,
não é especulação.
Votaram sério e certeiro,
agora que os caras do dinheiro
não vão querer abrir mão.
Pensem bem na manipulação,
agora a mídia perde de vez a credibilidade.
Qualquer um pode ser,
e serão escolhidos em desvantagem,
pelos homens de poder.
Pra dizer o que eles querem,
o que lhes traz vantagem.
Mas que puta sacanagem!
Será que pode piorar?
Que situação a nossa,
estamos mais afundados na bosta
do eu poderia imaginar.
Somos artistas, escritores e poetas,
é o argumento que se faz entrever.
Ou seria apenas a máscara
para um golpe difícil de crer?
Fica a pergunta no ar,
com esse exemplo singelo, dentre tantos:
quanto podemos ainda suportar?
Calados, insensíveis e sem espanto,
assistimos as mazelas atrozes, outras ridículas,
de nosso tempo, e o jeito?
Com a técnica avançada,
tecnologia de ponta,
orgulhosamente ostentadas,
mantemos nossas mentes ocupadas.
Assim jogamos os ideais na sarjeta,
e esquecemos nosso espírito na gaveta!


sábado, 13 de junho de 2009

Debaixo do Cajueiro


À sombra do grande Cajueiro,
o tempo descansa.
Quem cansa é o pensamento solto,
o pássaro afoito em busca do fruto.
O sol estala no céu azul claro,
e o vento, voa!
Debaixo do Cajueiro, só calma.
Nada se mexe, aparentemente.
A parte as formigas que nunca param,
e a cigarra que não se cansa de cantar.
Folhinhas soltas caem levemente sobre a relva.
As flores rasteiras não se movem, comovem-se,
respeitosas ao silêncio tão sutilmente imposto pela árvore majestosa.
A sombra convida ao sonho.
Uma rede se estende entre os galhos contorcidos.
Viola no colo,
chapéu na cabeça,
sorriso largo na boca,
de papo pro ar.

sábado, 6 de junho de 2009

Afinidade


É vontade de mais e mais.
Parece que flui: pensamentos, falas, sensações e sentimentos.
Cresce o querer.
Fui para a magia da India e não sei de que maneira voltar à realidade fria.
Vou conseguir. Nós podemos tudo!
Diante do palácio-tumba erguido por amor,
Quero sentir Taj Mahal.
Where is the love?
Faz dias que ouço a mesma trilha sonora "Mélange",
organizada pela minha mãe com músicas de Isaishi, Enia, Villa-Lobos...
É tranquilizante.
O Universo corre nas veias, ódio e amor da humanidade.
Mais ódio, menos amor.
Como podemos ser tão maus e irresponsáveis?
A água varre de mim a desesperança, assim como a música e os gatos deitados no sofá.
E tem o sol, o canto dos pássaros, o verde da mata, o mar...
Sou parte desse universo organizado com perfeição,
mas que tornamos tão complicado.
Somos como as cordas do violino, devemos estar sempre afinados com a orquestra para que de nós saia o melhor e mais belo som.
Eu afino, estico, me dedico à melodia da vida, dolorosamente sometimes, mas sempre feliz de estar aqui.