sábado, 13 de junho de 2009

Debaixo do Cajueiro


À sombra do grande Cajueiro,
o tempo descansa.
Quem cansa é o pensamento solto,
o pássaro afoito em busca do fruto.
O sol estala no céu azul claro,
e o vento, voa!
Debaixo do Cajueiro, só calma.
Nada se mexe, aparentemente.
A parte as formigas que nunca param,
e a cigarra que não se cansa de cantar.
Folhinhas soltas caem levemente sobre a relva.
As flores rasteiras não se movem, comovem-se,
respeitosas ao silêncio tão sutilmente imposto pela árvore majestosa.
A sombra convida ao sonho.
Uma rede se estende entre os galhos contorcidos.
Viola no colo,
chapéu na cabeça,
sorriso largo na boca,
de papo pro ar.

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