As relações humanas são muito difíceis. Me sinto enormemente impotente. Existem pessoas que criam regras pra as outras seguirem, mas elas mesmas não as seguem. Outras, que só vêm o Ó do boragodó e te chamam de peste. Hoje estou triste. Acordei bem, mas trinta minutos depois já estava aos berros, discutindo a relação. Ai, que droga. Perdi toda a minha energia. Quero sair de casa, mas algo me prende. Quero viajar, mas algo me impede. Quero ir, mas fico. É tudo um circo. Ontem vi umas apresentações de projetos artísticos, onde as pessoas expõe o mais íntimo de si. Testam o corpo e os sentimentos ao extremo. Mas como serão suas vidas? Pensei numa performance: Uma caixa, onde duas pessoas cabem apertadas, numa praça movimentada ou numa feira. Na porta, uma placa "Eu quero dar. Quem quer comer? É gratis!" Eu, acolhendo as pessoas. Os voluntários, loucos para salvar-me do desespero, ao entrerem no quartinho, descobrem uma bandeja cheia de doces caseiros, e escolhem o que comer. Dava pra rir bastante. Esse tipo de performance é divertido. Mas e a performance da vida? Na artística, a gente embala as coisas e vai pra casa quando já não tá dando mais, ou o cansaço chegou; mas na vida, é mais difícil empacotar e sair fora. Quero gritar, mas a voz não sai. Apesar que quem vive de arte, não sai também, porque vida e arte se misturam. Mas isso não acontece com todo mundo? Somos todos atores? Hoje tenho muitas perguntas. E nenhuma resposta.
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