Deste ano eu não passo! Minha cabeça está girando, ou melhor, o mundo está girando em volta de mim. Me segura que eu não quero cair de cara. Já pensou? Uma velha assim, estatelada no chão? Não dá, por isso que eu não saio. Piscina nem pensar. Aquele chão escorregadio... Você é nova, cheia de saúde e energia. Eu sou doente. Mas vó, o que é que você tem? Como assim o que eu tenho??? Você me faz cada pergunta! Estou velha! Dói tudo, tenho medo de cair e a depressão... Eu tenho depressão sim! Você acha que é mentira, não é não! Então vamos dar uma volta pra ver se você dá uma levantada. Não. Quero ficar aqui no meu canto. Outro dia eu vou. Outro dia é muito longe vó. Hoje não quero, estou com gripe, atchim!
E por aí vai um discurso que por vezes me deixa triste, outras, me faz rir. O que é viver senão um momento? A cada segundo de vida tudo pode acontecer. Quem sabe a vontade dela de ir embora não venha mesmo este ano e aí, fim. Se resguardou tanto com medo de morrer querendo a morte. É contraditório. É. Por vezes estamos tão adestrados ao nosso cotidiano que não percebemos os momentos. Um riso aqui, uma conversa aparentemente sem importância acolá. Pintar o sete!
Eu adormeço ao tic tac das horas, cumpro meus deveres como cidadã, respeito as regras sociais, morais e éticas. O compasso do tempo me embala num ir e vir, do trabalho pra casa, da casa pro trabalho. Uma corrida aqui, um copo de vinho acolá. Estuda, estuda, estuda sem parar. E podem me perguntar onde ficam os momentos nesta história banal de vida adulta? Eu acredito que o momento está na meninice. Ter a criança dentro de mim. Cliché, sim. Quando penso nos meus aprontos, fugindo um pouco destas regras taxativas, sorrio feliz de ter em mim aquela que já fez muita coisa "errada". Prometo, não prejudico ninguém. Fujo apenas, só um pouquinho, das amarras impostas e me sinto viva, mais viva! quando faço uma destas brincadeiras com gosto de coisa errada, mas que na verdade não têm nada de mais.
Até agora rio de correnteza. Escuridão de luz. Um oceano de palavras, tão belas, tão fracas. Ó vida de banho de mar. A lua espia o dia. Ventamos alegria. O tempo voou, e veio me dizendo que é pra eu continuar a achar. E achando ir vivendo de novos banhos de luar.
A lua de ontem me deixou completamente apaixonada.
Eu adormeço ao tic tac das horas, cumpro meus deveres como cidadã, respeito as regras sociais, morais e éticas. O compasso do tempo me embala num ir e vir, do trabalho pra casa, da casa pro trabalho. Uma corrida aqui, um copo de vinho acolá. Estuda, estuda, estuda sem parar. E podem me perguntar onde ficam os momentos nesta história banal de vida adulta? Eu acredito que o momento está na meninice. Ter a criança dentro de mim. Cliché, sim. Quando penso nos meus aprontos, fugindo um pouco destas regras taxativas, sorrio feliz de ter em mim aquela que já fez muita coisa "errada". Prometo, não prejudico ninguém. Fujo apenas, só um pouquinho, das amarras impostas e me sinto viva, mais viva! quando faço uma destas brincadeiras com gosto de coisa errada, mas que na verdade não têm nada de mais.
Até agora rio de correnteza. Escuridão de luz. Um oceano de palavras, tão belas, tão fracas. Ó vida de banho de mar. A lua espia o dia. Ventamos alegria. O tempo voou, e veio me dizendo que é pra eu continuar a achar. E achando ir vivendo de novos banhos de luar.
A lua de ontem me deixou completamente apaixonada.
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