Calo a boca, fico em silêncio.
Não consigo dizer o quanto te amo e te odeio, quase ao mesmo tempo.
Enroscada a você, a noite me penetra.
O dia contudo me traz a punhalada do desprezo.
Presente você é, quando presente.
Quando longe, deixa de existir, desaparece.
Não se importa, ocupado demais com seu umbigo.
Sempre pronto a ajudar quando requerido.
Se não pedem, não levanta um dedo.
Deixa a vida se encarregar de tudo, lentamente.
Nenhuma atitude. Sabe esperar e o devagar é quase sempre.
Ao contrário de você sou eu. O oposto atrai?
Senti um amargo estes dias, como vai, dormiu bem?
Dormi. Ponto final.
Nada.
É chocante, dá uma revolta. Parece desconsideração.
É seu jeito. Curto e grosso.
Mesmo assim não me conformo.
Então porque insistir no que não me faz bem?
No que você deixa o tempo levar eu quero controlar.
Quero presença, mesmo ausente.
Você é um vazio, inexistente.
Já senti saudade.
As vezes penso; cada vez menos.
Um comentário:
Adorei ! Muito bom !!!
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