Você só sabe que aquele dedo é importante quando corta,
você só dá o devido valor ao ouvido quando ele dói e entope,
você só sente o coração quando ele acelera apaixonado ou assustado,
e a cabeça, quando ela pede arrego.
Vivemos sem prestar atenção em nosso próprio corpo, demasiado preocupados com nossos vizinhos, familiares e colegas. Olhar para o umbigo, só no isolamento do quarto e da vida, num momento de abstração total de outros seres que nos cercam.
Alienados em nós mesmos e vivemos uma vida paralela e imaginária.
Isso para não pensarmos no que realmente importa.
Quem já chegou a um nível de consciência, sente isso nos outros e nele mesmo, mas o simples fato de sentir, já faz dele um isolado. Vê os outros que nem percebem, já consumados pelo consumismo infame, gritam hurras para a partida de futebol, para a gostosa na esquina, brindando a última moda, martinis, cervejas, petiscos, carnaval...
Onde será que tudo isso vai chegar?
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